Nota oficial: O futebol exige respeito!
Vivemos um momento difícil na história da humanidade, assolados por uma pandemia mundial, que ceifou muitas vidas e deixou muitas famílias sem seus entes queridos. O Marcílio Dias é solidário a todos que perderam amigos e parentes nessa triste pandemia.
O Clube tomou todos os cuidados necessários para continuar suas atividades esportivas e administrativas durante todo o período de pandemia, e continua adotando todos os protocolos necessários para evitar contágios.
Com o avanço da vacinação, e a consequente diminuição de casos e, principalmente, a quantidade de internações e ocupação de UTIs, muitas atividades estão retomando à sua normalidade. São shopping centers, bares, restaurantes, cinemas, teatros, casas noturnas e uma infinidade de espaços abertos ao público, diariamente.
O futebol e todas as suas atividades profissionais correlatas aguardavam ansiosamente um começo gradativo de participação de público nos jogos. O público presente nas partidas é para muitos Clubes grande parte do orçamento e sustentação financeira. Porém, mais uma vez, o futebol é deixado de lado – de forma arbitrária – dos decretos estaduais em Santa Catarina.
Os jogos de futebol são realizados em estádios amplos, ao céu aberto, arejados e com a possibilidade de distanciamento entre as pessoas. Muitas delas, inclusive, já estão vacinadas com uma ou duas doses.
Porém, sem motivos aparentes, o futebol é deixado de lado, como se não fosse uma atividade econômica, geradora de emprego e renda, de sustento de inúmeras famílias no Estado e no Brasil como um todo.
Somente no Marcílio Dias são, de forma direta, cerca de 70 profissionais contratados, entre atletas, comissão técnica, departamento médico, administrativo e manutenção. São 70 famílias alimentadas pelo futebol. Sem contar as rendas de forma indireta que a atividade esportiva proporciona, e os dias de jogos com o envolvimento de muitas pessoas na organização do espetáculo.
Durante todo o período de pandemia, o Marcílio Dias, devido a ausência de público nas partidas, teve suas rendas diminuídas em 60%. Com todas as dificuldades de mais de um ano e meio com este déficit mensal, continua suas atividades e tenta, de todas as formas, diminuir este abismo. Mas não se tem mais de onde tirar receitas que possam suprir esta demanda.
Está é a realidade de muitos Clubes pelo Brasil, que sangram e não vêem o retorno dos governantes em estabelecer um processo gradativo de volta do público aos estádios. Isto é ainda pior para Clubes como o nosso, que disputa competições onde não há receitas por parte de televisionamento dos jogos. O fundo do poço se aproxima a cada dia, cada hora. E muitas famílias estão envolvidas.
Desta forma, e levando em consideração o nosso respeito pelo nosso público e a preocupação em manter sua saúde intacta através de protocolos e cuidados, é hora de pedir socorro. É hora de pedir respeito ao futebol como atividade profissional, como forma de lazer, socialização e de oportunidades de geração de renda, emprego e impostos para muitas pessoas e setores da sociedade.
É hora de se exigir que os governantes se atentem a este setor esportivo, às famílias que dependem da atividade para garantir seu sustento, e que libere público nos estádios. Estamos dispostos a realizar os protocolos necessários estipulados pelas autoridades sanitárias. Mas, sem público nos estádios, os Clubes estão fadados à falência, e a demissão de inúmeras pessoas, que sustentam suas famílias através de suas atividades profissionais.
O futebol exige respeito!